O vento tenta me levar pra fora de mim mesmo Levanta e pinta o quando, o onde e pergunta o por quê Eu penso, o tempo inventa todo o quanto eu vou levando Meus prantos nas costas nas botas e no meu chapéu No meu cavalo eu mando um tanto logo que me deixam Enlouquecido, escasso esqueço os quens os quês ou quais Enredos já vivi, ouvi ou vi e me despeço De forma rasa alastra o fogo amigo e miro em mim Ponta de faca quebra se entortar, me leva se virar ferrão Vingança envenena e a maré tá cheia de escorpião Atiro pedras contra o nada, nado enquanto posso Poder parar, fluir no vácuo, lento inventa um teto Parede opaca, cinza clara, pra poder chegar Sem nó, sem dó, sem pó, sim só e indo desesperado Respira fundo, abre os braços, cai pro lado e chora Implora um pouco da felicidade alheia e reza Pra patinar em linha reta e chegar habitável De fato enquadro em si um quadrado de fé Ponta de faca quebra se entortar, me leva se virar ferrão Vingança envenena e a maré tá cheia de escorpião