Tom: C

Am E7  Dm 

Am        E7           Am
Sobre as pedras que encomenda
                E7               Am
Jogando em si as mesmas prefiro não comentar
                    Dm
Seria uma vã conversa com o espelho
              Am
E eu não quero dó ou tampouco desferir conselhos
E7                     Am
Que nem eu mesmo seguiria
 
                        Dm               Am
Melhor permanecer assim a milhas, milhas, ilha
                        E7              Am
Não posso ser mais do que milhas, milhas, ilha...

(Toda a música segue basicamente a seqüência acima, com os três acordes mostrados)
 
Sobre as feras que contempla
E lhe aparecem bêbadas em noites derradeiras
Que sempre lhe são renovadas, só desejo
Que não te encontrem só ou comigo que é quase o mesmo
Caras como eu só mandam sinais
Que apenas se traduzem em fobias e fagias
Sonos leves em quintais de família sem filhas divas
 
Aceite o qualquer coisa que não ouvira da minha boca
Aceite o meu silêncio que eu aceito o seu instrumento suicida
E sem mais se vá pra nostalgia escura da nobre filial
Da nossa casa interiorana brasileira
Com retratos que não vão, vão, vão voltar
Pense a vida como a teoria anônima dos anônimos
Do dia após o outro oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh
Voraz é o amanhecer na ilha
 
Dores cegas de um sonho mal
Que te levantam e enxerga que a dor é verdadeira
E um cigarro é procurado às pressas
Com desejo que ele te ouça a voz
E eu já tô esgotando o meu cinzeiro
Que não sei como compartilhar
 
Melhor permanecer assim nas cinzas, milhas, ilha
Não posso ser mais do que cinzas, milhas, ilha...
 
De repente o sol brilhou mais cedo
E o que era outubro se mostrou novembro
E nossos olhos secos se cruzaram secos
Se cruzaram a distância
E foi a primeira vez que eu quis que dores
Fossem só lançadas a mim mesmo
Quis que os versos podres que guardo em segredo
Lhe mostrassem o que não pude mostrar
 
Aceite o qualquer coisa que não ouvira da minha boca
Aceite o meu silêncio que eu aceito o seu instrumento suicida
E sem mais se vá pra nostalgia escura da nobre filial
Da nossa casa interiorana brasileira
Com retratos que não vão, vão, vão voltar
Pense a vida como a teoria anônima dos anônimos
Do dia após o outro
E que seja incerto
E que seja fogo
Seja fogo mas não seja fugaz
Ataque, ataque, ataque, ataque, ataque
Voraz é o amanhecer na ilha.