Aqui nesta cidade, Deus precisava de um céu E também de um inferno Mas criou um só lugar Inferno e céu, num só lugar Criou em pouco tempo o que agora é o paraíso Para os que não tem abrigo Funciona como inferno Pros miseráveis e pros mendigos Como tantas, a cidade encanta À primeira vista, à primeira vista Maria! (Maria) Maria! (Maria) Será mais uma da lista Como pode em sã consciência Se ninguém se espanta, se ninguém se espanta Por suas (por suas), tristezas (tristezas) Seus risos e sua infância Maria é mesmo tantas, no centro da cidade Em noite de Natal Um coração aflito, três últimos palitos A vida é sempre igual Maria é como tantas e ninguém mais se espanta Na cidade a vagar