"Minha terra tem palmeira" Em cujos seios macios Manhãs e tardes inteiras Cantam melros luzidios. Suas manhãs vêm surgindo Ao som de risos e festas, E no seio das florestas Reina a alegria também. O seu céu azul é lindo, Rescende aromas de flores. Sua relva tem mil cores, Mil cores seus prados têm. "Minha terra tem palmeira" Em cujos seios macios Manhãs e tardes inteiras Cantam melros luzidios. Suas tardes são carícias Do dia à face dos lagos; Andam no ar meigos afagos Das brisas, mansas, gentis. As minhas belas patrícias Afinam, lindas, faceiras, No gemer das cachoeiras, As suas vozes sutis. "Minha terra tem palmeira" Em cujos seios macios Manhãs e tardes inteiras Cantam melros luzidios. Suas noites enluaradas São como sonhos divinos; Parece que, ao vê-las, hinos Ecoam no céu de anil. Sonham em torno as quebradas Todas cobertas de sombras; E sobre a verdes alfombras Paira um sorriso Gazil. "Minha terra tem palmeira" Em cujos seios macios Manhãs e tardes inteiras Cantam melros luzidios.