Nas campinas e florestas, Partilhando da caça e da guerra Lusitanos audazes cruzavam Com os índios, os donos da terra. Lado a lado, enfrentando, O espanhol, invasor da querência, Finda a luta na gleba ficaram, Que legaram a sua descendência. Vê que bela paisagem se vislumbra Vê que solo fecundo, abençoado, Aguardando somente de seus filhos, Um esforço maior e dedicado... Coração deste estado altaneiro, Encoberta também por céu de anil, Candelária parcela do Rio Grande, É pedaço do imenso Brasil... Entre legiões que passam As belezas da terra feraz, Vão prendendo de plagas distantes, O colono, homem livre, capaz. E nasceste, Candelária, Junto ao cerro do Botucaraí E entre lendas e o rude trabalho Os teus filhos viveram por ti. Vê que bela paisagem se vislumbra Vê que solo fecundo, abençoado, Aguardando somente de seus filhos, Um esforço maior e dedicado... Coração deste estado altaneiro, Encoberta também por céu de anil, Candelária parcela do Rio Grande, É pedaço do imenso Brasil... Se te orgulhas do passado Teu presente é risonho, feliz, Há trabalho, há promessas de sonho É a cidade, é a colônia quem diz. Mocidade que se ilustra, E homens guapos, em rude labor. Candelária, tens certo o futuro Que é seguro, brilhante, promissor. Vê que bela paisagem se vislumbra Vê que solo fecundo, abençoado, Aguardando somente de seus filhos, Um esforço maior e dedicado... Coração deste estado altaneiro, Encoberta também por céu de anil, Candelária parcela do Rio Grande, É pedaço do imenso Brasil...