Cedeste teu solo abençoado para ser morada de um povo gentil O sonho de Inácio Xavier de tornar-te frondosa a ti seduziu Fecunda do amor deste bravo cresceste gloriosa Porto Apiaí Pousada habitual de tropeiros que se encantavam com teus buritis Num "vinte e cinco de janeiro" o sonho de outrora se concretizou Deixaste de ser povoado, tornaste cidade, Buri se chamou. Refrão Buri! Terra das fontes de onde jorram o "leite e o mel" Estrela sul-paulista és bela no imenso céu de São Paulo És a preferida por quem um dia ti conheceu É nobre teu povo e de valor sem igual Da amizade és capital. Teu povo fiel e aguerrido o amor pela Pátria jamais esqueceu Em busca do "V" da vitória sem temor seguiram alguns filhos teus Na força do expedicionário muito ti orgulharam homens de valor Defendendo a tua gente, teu nome Buri na história gravou E o tempo revolucionário, de balas-granadas não te sucumbiu E a força da união do teu povo, te sonhou de novo, te reconstruiu. Sobre o teu passado de lutas constituiu tua história de glória sem par Para seres sempre exemplo a todos os filhos que de ti brotar Carregas na simplicidade de teu linguajar uma amizade fiel Aqueles que, em ti mãe querida, procuram acolhida em teu seio em teu céu Estampas em teu pavilhão o brasão que retrata o teu caminhar És porto seguro de um povo que trabalha e luta para ti elevar Teus campos, teus ranchos, teu rio em teus verdes vales são orgulhos teus Herdaste da mãe natureza tamanha beleza, uma benção de Deus Seguindo os trilhos do progresso, não tornas inverso o teu habitat E assim tu és sempre formosa e acolhedora a quem ti buscar Do barro da tua biquinha, fez sua morada o belo João Que aos olhos do velho poeta que por ti passava tornou-se canção.