Em verdes vales e serenas palmeiras Águas límpidas em tom fulgurante Neste ubérrimo solo escondias As tuas gemas, ricos diamantes Na mansão deste eflúvio sagrado Multicores pássaros adejavam Encantando ao neo-viandante Desfiando o seu canto, exultavam Epopéia de rara beleza Onde ipês e cedros imperavam Rasgam as matas os viris bandeirantes As riquezas se descortinavam No ardor do trabalho e da luta Garimpeiros na busca sem fim E o tesouro ali encontrado Transformou-se em ruidoso festim No verdor das montanhas altivas Villa Bella das Palmeiras ecoou Lindo nome jamais proferido O coração deste povo forjou Hoje é a cidade das Palmeiras Com justiça assim exaltada Encerrando em seu seio pujante Os contrafortes mais belos da Chapada A Cacheira Glass a eterniza E o teu céu de lindo azul marfim Pai Inácio, tua rocha monumento Alça aos céus em sereno clarim Cachoeira esplendente de Dois Braços Paulo Afonso em estado latente Os menires e as grutas serenas São de Deus nosso régio presente Farfalhar de esbeltas palmeiras Cantam hinos de paz e amor No subsolo as águas sussurram Do progresso o excelso penhor.