Nova aurora, ó cruz-altenses Vai raiando em vossa história, No começo ainda apenas Já com páginas de glória, Quer no campo de batalhas, Conquistada com valor, Quer em letras de ouro escrita, Com a lei de paz e amor. Eia, avante! Nobre povo; Eia, avante e sem cessar! É brilhante teu futuro: Para frente, pois, marchar! Onde há um século era selva, Infestado de selvagens, Surge ora a bela urbs, circundada de homenagens; Tendo a Cruz por distintivo E por égide o Cruzeiro, Fez-se aqui no extremo sul Um baluarte brasileiro! Eia, avante! Nobre povo; Eia, avante e sem cessar! É brilhante teu futuro: Para frente, pois, marchar! Pelos dons e privilégios, Que lhe deu a natureza, Entre as mais irmãs serrana Tem um trono de beleza: É rainha pela graça, Gentileza pelo porte altivo; É rainha pelo céu, Seu condão de maior sorte. Eia, avante! Nobre povo; Eia, avante e sem cessar! É brilhante teu futuro: Para frente, pois, marchar! Nobre filhos têm gerado, Que dão vulto à sua terra, Quer nas letras, quer nas artes Tem amor, esperança e fé, Instrução, civilidade: Há de sempre, pois, marcha Com maior prosperidade! Eia, avante! Nobre povo; Eia, avante e sem cessar! É brilhante teu futuro: Para frente, pois, marchar