Mas é um tal de remexer De cutucar essa ferida Que mal se pode nessa vida A própria vida remendar É tanta gente intrometida Perturbando de enxerida É uma apertura, corda bamba Uma canseira de lascar. É tanta trama, é tanta transa É tanta cana, apreensão Tanta pauleira, um leva-e-traz Um tal de chega e nunca mais E um tal de olho marejando Sem se ter explicação É a garganta se fechando Um pé na frente e outro atrás É tanta gente resmungando Se queixando É a cabeça misturando e triturando É cala-boca, bate-boca Lenga-lenga e só promessa E a gente indaga e fala baixo É uma aspereza E é um muro e é um nó, uma pauleira Enxovalhando e encardindo a vida de tristeza.