Três homens cegos numa poça de escuridão. Com muitos olhos e mãos Mãos que pegam, mãos que tomam, Mãos que oram, mãos que usam, Mãos que acusam e apontam e falam de aço atrás de olhos mortos... Existem três homens cegos em uma poça de escuridão. Um com botas, porque sabe em quem pisar, Um fala muito por não ter o que dizer, Um no inverno se diverte em tosquiar... Homens de fino trato Cegos guiando gado, À morte lenta em fogo brando Três homens ensinando Cegos definindo cores, Em meio a chá e biscoitos. Três cegos com suas dores, Congratulando-se uns com os outros. Existem três homens cegos em uma poça de escuridão. Existem três homens cegos, regurgitando podridão. Como o anjo de negro coração, Orgulhosa poça de escuridão