Eu só faço o que não quero Isso é virar adulto Vou vestir meu luto Pelo meu lado sincero Há um lugar cheio de história Praia do meu desencanto E da luta inglória Contra as ondas do meu pranto Jorram junto com meu canto Contra as rochas fazem tantos cortes A corrente é tão forte Leva santos ao seu fim E se quebra algo em mim Meu corpo vai com a maré Deixe-se levar Pro fundo do mar Pra não escutar mais nenhum som Vamos festejar A areia vai enterrar Nossa ilusão de um mundo bom Muitas vezes sou pequeno Rei de um país deserto E não escrevo certo O imbecil que enceno Outras vezes sou um louco Como alguém que se acha esperto E sem coração aberto De tesouros colhe pouco E pragueja e rasteja Maldizendo sua pouca sorte Podendo ter vencido a morte Se soubesse o que é E sempre há de ser Quem tem o mundo ao seus pés Deixe-se levar...