Criou Deus, sol e lua Criou Deus, terra e mar O beija flor e as flores Tudo tinha o seu par E os rouxinóis a namorar E o casal leão a se casar E viu Deus que isso era bom Então Deus fez o homem Parecido com Deus Pra governar o Éden Pra dar nome a tudo E estudar, e trabalhar O primeiro cientista a pesquisar Com zelo cartesiano Observa tudo A fauna e a flora E o sofrimento mudo Que talvez nem Deus soubesse O nome no peito do homem, fome Que fruto nenhum da terra podia saciar Que doía, mais ao ver o elefante gaiato paquerar Fome de um abraço que se quer foi inventado Sonhei que estava tão apaixonado Que eu lhe ensinava os nomes do luar Te vi, confesso que em todo paraíso Nada é mais lindo que esse teu sorriso E Deus cantava pra gente dançar No outro dia cedo Despertou assustado Sobre frutos e plantas Todo trabalho coletado Foi andar, estudar, trabalhar E explorar o Éden e encontar O elo quer faltava na sua equação Metade é menos que nada Igual a plena solidão Foi parar numa grande caverna, um lindo lugar Que à tempos visitava pra chorar Entre estalactites gritava: Oi Adão! Ecos de faz de conta Ecos de solidão Ele não esperava O eco mudou de tom (Oi Adão!) A mulher docicato Mandando embora a solidão Fome de um abraço que se quer foi inventado Sonhei que estava todo apaixonado Que eu te ensinava os nomes do luar Te vi, confesso que em todo paraíso Nada é mais lindo que esse teu sorriso E Deus cantava pra gente dançar É muito bom, é muito bom E viu Deus que sem solidão É muito bom