Pingos de casco groseados, cola acima do garrão Destopeteados e tosados, conforme gosta o patrão Olhando a eguada que passa, tranqueando pela porteira Eu lembro que esta tropilha já foi maula e caborteira Esta cavalhada gorda, que vai baixando no cerro Na frente é uma gateada que bate forte o cincerro Era xucra mas tá mansa, prenda o grito, companheiro Dê-lhe boca, "floxa" a ponta, que ali no mais é o potreiro Este rosilho, prateado da cabeça colorada, Berrava tampeando a cara, desd'a mangueira à inverna A picaça crioula pura foi uma das mais "veiaca" Recomenda o capataz, deu buena e solta de pata! Aquele baio sebruno que era veiaco e sestroso Com quatro ou cinco galopes eu fui com ele no povo Os dois cuiudos chilenos saíram de pechar touro Pode entrega pra o collares que vai pra o freio de ouro Estas quatro moura negras, eu golpeei bem de rendilha O tostado é doce de boca, ligeira é esta doradilha Faltou a lobuna louca, que se bolcou numa estronca Saquei as garrão de potro e trouxe comigo a lonca O pangaré malacara de curnio carunchado Era redomão bulido, deixei o pingo domado A linda égua tubiana, quase me atorou os arreio Mas ficou de cortar o rastro, sem tocar na aba do freio Hoje entrego a tropilha toda mansa e de confiança Para empurrar o rio grande nos serviços das estâncias Vou repassar um por um e volver todas estas léguas Pois me espera na querência mais outro lote de égua (2x)