Ê quizomba Chegou o povo preto que vem lá da bela vista É o quilombo do futuro a ecoar Vai brilhar na alma do sambista Chegou a hora Vai-vai é força ancestral Meu canto é raiz da igualdade Herança do meu carnaval Na luz daquele que dança no vento Senhor nas estradas do tempo Que gira ao som do tambor Pra curar a dor da humanidade Sou eu o afronauta griot Ê laroiê Kaô kabecilê Ora yê yê ô mamãe oxum Na fé dos orixás Eu trago as chaves dos segredos de orun Sigo a minha missão No berço de toda magia Oh mãe do meu caminhar Tu és o sol de um novo dia Acendo a lua de palmares No esplendor de seus altares Sou descendente zulu Brilha ao cruzeiro do sul A santa liberdade E hoje no céu do Bixiga sou mais uma estrela Unindo os povos num chão sem fronteiras Buscando a paz e o amor