O homem, a pedra E o monte de gente afetada Desde a mãe que chora triste Ao verme que enquadra Desde o tiozinho que assiste E não questiona nada Até o mano que resiste Em não ir pelo errado O homem, a pedra e o monte É foda a escalada Tem quem tanto persiste E não arruma nada Nada, nada E morre beirando a praia Eu me lembro, eu te falei Para não desistir Não vou deixar cair Quem tiver do meu lado Rezo para os meus Poderem me alcançar Eu vi muita mentira Flertei com o pecado Hoje quero levantar Poder caminhar Vejo o cume daqui Mas sem uma corda E o medo de cair Sem falar no fardo Todo a carregar Acho que não dá Vou voltar daqui Mas preciso ver Como é a vista de lá Vou continuar Eu, o monte e a pedra Pode faltar forças Mas a fé me leva E o homem da selva abominável Tentará se apossar da carne Mas o espírito é indomável Crendo no impalpável Vendo matéria No vale da sombra, da morte Enfrentarei o que me espera Espera Descobri que a fé Vence o medo, mano! Descobri que a fé Vence o medo, mano! Mas onde estamos? Não é só ter coragem, não basta Pensar, para logo existir É tanto caçador Que uns vira canibal É o instinto animal Predominando aqui Predominando em mim Predominando em ti Predominando em nós Mas não dá pra sentir Demorei pra entender Que o inimigo sou eu Eu só posso mudar Quem tiver perto a mim Mas eu nem sei se eu confio Em mim Tem momento que A mente dá volta Eu subindo e um monte Na maldade em minha bota Se constar o malote Mano eu vou comprar uma brock Aprender a atirar Vou pra guerra com o sistema O tema não foi esquecido A pedra é só problema Vejo um monte de menor Ainda no doze Antes fosse doze Ai, quem dera fosse Quebrada, primeiro mundo Sem monte, sem pedra Com verde, horizonte profundo Os mano e as mina suave Sem medo no giro Sem ouvir falar, que mano x Foi alvejado a tiro Sem ouvir falar Que outro mano foi por overdose Sem ter que ouvir ou se queixar Por tá na mó neurose Mano, seria bom Se as pessoas se tratassem De igual pra igual Se todo esses mano Parar de falar tanta Merda no som E se focar em fazer mais R a p nacional Era pequeno, mas eu lembro De como era bom Como se fosse ontem Era dois mil grau Infelizmente hoje em dia Não é questão de dom Submundanos para sempre Só rap real Nós!