Ainda me lembro daquele tempo Que sair na rua era perda de tempo O vento batia em meu rosto E sempre vinha o desgosto Ainda me lembro daquele ano Que eu era tão profano O vento batia em meu rosto E sempre vinha o desgosto Ainda me lembro daquele dia Foi quase numa feitiçaria Que o vento batia em meu rosto Parecia que vinha o desgosto Que não se manifestou E essa praga não me rogou Quando ficava mais tranqüilo Acabava dando um suspiro Que aspirava tudo aquilo Que foi deixado para trás "Pela última vez, Num sábado à tarde, o vento bateu em meu rosto Apareceu o desgosto para me dar tchau Atravessei a rua desgostoso e num piscar de olhos o fusca que vi à quilômetros de mim chocou-me, levando-me ao coma" Em meu caixão não sentia vento... Não sentia desgosto... Não tinha sentimento... Foi inevitável... Inevitavelmente Inevitável...