Lágrimas na face, que nem uma criança Sementes e mentes deitadas na esperança Seguram numa mão as chaves do teu sorriso Será o juízo final ou o final do juízo? Chegados ao ponto de exaustão Em que o bem-estar de poucos não é mais que a perdição da maioria, paradoxo sem sentido, estou perdido Para sobreviver uns chafurdam no próprio lixo, promíscuo Ódio transmitido geração a geração, legado sem razão Cenas tão podres que nem deviam existir Armas disparadas e prontas a repetir Olhos de crianças desesperadas, de algum afecto, algum amor Quem será causador de tamanha dor? Olhar de quem não tem nada a perder Gente que imagina que viver é não ter medo de morrer De vez em quando perguntam se a pena de morte deveria existir Deixa-me rir O fim do mundo está a chegar Não há como fugir Humanidade estás a sentir? Se lágrimas fossem amor ninguém ia sofrer E eu quero saber se estás a sentir O fim do mundo está a vir Basta olhar e ver A emoção está a morrer E o peopple já nem quer saber O que se passa? O que se passa em tua mente? Eu pergunto Porque na minha não sei se estou baralhado ou confuso Sinto que alguma coisa está a mudar E no verão já nem com o calor posso contar Quanto mais gente comigo, mais sozinho estou E o jovem desempregado pergunta porque é que estudou Uns não sabem nada, outros ainda sabem menos O moderado não chega, o pessoal só quer extremos Gastam milhões, até a Marte já chegaram Não querem saber no que aqui danificaram Crenças e deuses, religiões por todo o lado Surgem profetas que enaltecem o pecado Em tanta agonia, canto e danço para esquecer Mas não evito, sinto lágrima a escorrer Transforma lágrimas em pequenos sorrisos Talvez assim se encontre algum sentido Mais cedo ou mais tarde tudo irá mudar Se tudo começou, tudo tem de acabar Se lágrimas fossem amor ninguém ia sofrer E eu quero saber se estás a sentir O fim do mundo está a vir Basta olhar e ver A emoção está a morrer E o peopple já nem quer saber O que se passa?