É um gosto que eu trago da campanha antiga Que nas madrugadas do pago eu relembro De pechar um touro em algum refugo E florear ventenas por estes setembros Minha alma inteira se formou com o tempo Das cercas de pedras destes mangueirões E nem que esse tempo me cobre o preço Não troco estas pedras, por alguns moirões! Por ter a querência- qual marco de ferro Eu fiz minha estampa assim retratada Juntei três- marias do céu, mas campeiro Pra bolear um potro pela invernada Talvez por pachola eu tapeie o chapéu E faça o meu poncho um rumo pro ventos E na estrela da espora, minha alma de ferro Minuano velho se chega guapeando Desabo meu poncho pra matar a invernia Numa noite grande de ronda e de tropa Parece bandeira, contra a ventania Vez em quando o tempo me faz reculuta Pois me vem a vida desses pajonais E me vejo quieto imitando um sorriso Que herdei da moldura dos meus ancestrais