Olhando de cima, cai O peixe fora d'água e morre Olhando de dentro, sai Voando pra novos horizontes De onde se deve olhar Para enxergar a verdade? Para o chão ou para o ar? Para o rio ou para os botes? Mas todo rio chega ao mar E todo peixe já nasce sabendo nadar E o tempo não para Vai à vida iluminar Com aquela chama que arde e extrapola O tudo E o nada Se na ferida arde o sal E na avenida brilha o poste Se, na falta de um sinal O mundo agora manda montes Já não nos restam dúvidas! Até a guerra pede folga! Mais claro que isso, só O sol da meia-noite Tudo se pode transformar Pois todo homem já nasce sabendo amar E o tempo não para Vai à vida iluminar Com aquela chama que arde e extrapola O tudo E o nada