Tição de nergo vai gritando com o rebanho Negrito bueno lidando de madrugada Contando talha na caponada bem gorda É um ajutório pras esquila da comparsa E a peonada rebuscando um sangrador Tem seu valor pra um Sol quente de verão No bate-bate do bastito castelhano Há muita ovelha perdida nos parador O tio Lautério já sentou o fio da tesoura Pedra das buena, São José, lá do Herval Não fosse a lã umedecida de sereno As descascada branqueavam no pajonal A tia Norata me pediu uns velo preto Pra engordar o bucho duns tecido estampado No contra-ponto do minuano inverneiro Nada melhor do que sestear de acolchoado Grita pra o Pingo que traga a pipa bem cheia O dia é quente, vai faltar água na talha E não esquece de passar o guaxo na tosa Pode assolear lá no meio das taquara Um Sol vermelho enfeitando o arrebol Vai se escondendo, cerrando a porta da lida E a peonada tirando o sebo do lombo Pra tomá um mate com as moça de Cacimbinha Correu o dia no grito de brete ovelha Estância grande dos campos de nuvens claras