Gustavo Santos

Preto Velho

Gustavo Santos


Ai, Ai, Ai, Preto Velho pediu meu bem       
Um trago, um traguinho
Um trago do meu mé

Chinelo de couro, cachimbo de pau                   
A nau que flutua na beira do mar
Anel de brilhante, rabo de arraia                   
Batuque chocalha o balanço do mar

A sereia meu bem, a sereia cantou
Um canto tão lindo e a viola chorou
A lua brilhou, yemanjá despertou
E todo terreiro se iluminou

E o amor veio do mar               
Sem ter medo de concretizar                       
O Deus que ilumina           
Minha viola, meu canto e meu ar