Estresse em excesso Meu corpo lateja inteiro Eu não consigo ficar mais aqui, no escuro Na merda, dentro do bueiro Quero que o mundo saiba quem eu sou! Olha onde o menino pobre chegou! Quem criticou? Se calou quando viu! Sente o arrepio, vê quem sucumbiu Sentado aqui, eu te conto uma história Como chorão, vivo lutas e glórias Você implora perdão pelos erros Mas daqui a pouco comete os mesmos! Eu já cansei de entrar pra brincar Puberdade é pra quem não tem pelo no saco Fodam-se as joias, tô sem conteúdo Foda-se o dinheiro desses otários Quero falar sobre mim pra você Mas eu não quero inflar o meu ego Pensa duas vezes pra não tropeçar Não nasci ontem e também não sou cego Eu não sou prego pra me martelar Martirizar? É o cacete, viado! Pega esse prego, e pega o martelo E faz uma bela obra no teu rabo! Eu não entendia o que os caras rimavam Até um tempo atrás, eu achava eles loucos Mas foi aí que eu notei e então vi Que na real, eu que era tão pouco Vejo uns porcos na rua comigo Não tenho amigos, já disse e repito Andando a sós, na madruga do centro Reflito, e me sinto com medo e aflito Penso que um cara vai pôr uma arma Na minha cabeça e vai me matar Mas lá no fundo se ele fizer isso Só vou agradecer e pedir pra enterrar Quero enterrar minha mão na sua cara E botar todo ódio que eu sinto pra fora O que acontece antes? Eu não sei! Mas o que vier, depois é história Essa é a terceira do primeiro álbum Mas eu já me sinto tipo um veterano Boto na frente qualquer obstáculo Não tenho medo, prazer, Cristiano! Passam-se os anos, mas nada mudou Eu continuo mais pobre que nunca Deus me avisa, mas eu sou teimoso Depois ele fala : "Você não me escuta." Cês quer refrão? Mas por que que vocês querem? Se acostumaram com a poluição A vida me mostra o caminho correto Mas eu contínuo indo na contramão Só quero um teto E luto, pra pôr um dinheiro na mesa Fodam-se essas vadias imundas! Quero arroz e não a sobremesa Chega uma hora que nada te fere E parece que nada te faz ficar triste E se a caso eu sentir que eu tô? Pego a caneta e solto meus beats! Nunca acredite em ninguém, não confie Revide sempre que atacarem você Eu já levei tanta surra da vida Que hoje minhas quedas me fazem crescer Sempre caminho, pra amadurecer Sempre agradeço, o amanhecer Eu nunca paro, eu vou me mexer Sempre vou buscar algo, eu garanto a você Hoje talvez ninguém vai perceber Abandonei a zona de conforto Diferente desses parasitas Que ainda respiram, mas já estão mortos Hoje eu me sinto mais leve e solto Já não me importo se me chamam de louco Eu botei tanto minha alma na letra Que agora essa porra já me deixou rouco