Bicha branquela que foi pra favela Achar a parte dela que tava faltando na pista Aquela malícia, malícia aquela Que não se conquista, já nasce com ela Não importa se da janela Se vê o Alto da Boa Vista ou a Linha Amarela Tranquilidade na laje Deixa os mano lá na atividade Tudo cabe, cada um na sua viagem Nós dá rolé de nave se o bagulho treme Nós sai do chão Sou queer e artista Tô fora da lista e do entendimento Do senso comum tão fascista Que rege o país nesse exato momento Mas sou jogadista marrento E invento meu próprio Brasil Na vibration do me pensamento ET ateísta entrou pro movimento Eu reconheço divindade em tudo Eu reconheço divindade em mim Eu vou vivendo, vou do lixo ao luxo E quando eu morro nunca chega o fim da vida Fim da existência, não Fim da vida, fim da existência