Todos à bordo! Vejo o escuro do céu sendo rasgado ao meio Por um expresso que vai pro além E imagino você insano e hipnotizado, amarrado Aos trilhos do trem Soltando labaredas e arrastando sua língua Varrendo as pedras, as pedras do chão Uma máquina motora como uma víbora louca Anunciando o seu fim, sem salvação! Locomotiva Locomotiva Locomotiva Locomotiva Lá vai o trem! Nem tente chorar, nínguem vai te salvar Não há porque resistir a essa aberração Uma besta metálica vai jogar seu corpo Mutilado num sujo porão Locomotiva Cortando aos quatro cantos O vento que traz seres de outra encarnação Seu semblante mudou, não tem mais expressão Sua alma é mais uma, que vai nesse vagão