Ganhei a vida domando, desde piá foi minha sina De melar as lechiguanas, sempre gostei de menina Ia de esporas pra escola, e na volta uma carreirada Apostava rapadura e cabeça de ovelha assada. Dele rédea e dele mango, dele gaita e violão Domador e fandangueiro tine a espora no garrão. Minhas pernas estão cambotas de domar e dançar vaneira Nas mangueiras e surungos, da serra inté a fronteira Sempre domei meus cavalos, depois foi minha profissão Gastei os cobres das domas, nos fandangos de galpão. E nesta vida gaudéria, dia vem e outro vai As chinas e a matungada, conhecem meu sapucai Dele rédea e dele mango, dele gaita e violão Domador e fandangueiro tine a espora no garrão Minhas pernas estão cambotas de domar e dançar vaneira Nas mangueiras e surungos, da serra inté a fronteira Num trovejar de porrete, numa gaita bem baguala Varrendo a poeira do rancho, com as franjas do meu pala E as domas que eu empreito, entrego bem a encomenda E o suor que cai do braço, molho o vestido da prenda. Dele rédea e dele mango, dele gaita e violão Domador e fandangueiro tine a espora no garrão Minhas pernas estão cambotas de domar e dançar vaneira Nas mangueiras e surungos, da serra inté a fronteira