Tô com saudade de um baile campeiro A luz de candeeiro e uma diversão De prendas bonitas, pintadas, faceiras E o velho teixeira tocando violão Tô com saudade do churrasco gordo Comida campeira no fogo de chão Um mate cevado ao calor da amizade E a prosa da tarde no velho galpão Quando me bate a saudade das coisas do meu rincão Visto uma pilcha campeira e me vou lá pro galpão Faço um mate topetudo junto do fogo de chão E uma gaita bem faceira me conforta o coração Tô com saudade das modas antigas E as velhas cantigas de gaita e violão Daquela festança lá no morro feio E a vanera grossa embalando o salão Tô com saudade daqueles gaiteiros Que foram os primeiros que eu vi tocar Albino manique e os irmãos bertussi Puxando a cordeona era lindo de olhar