Essa gaita que eu tenho Parceira pelo destino Mas eu nunca perco o tino Quando uma china Atrevida Se sente meio ofendida Quando falo da cordeona E digo que é a dona E faz parte da minha vida Cordeona na te abandono Nem por beleza de china Pois essa a minha sina Eu nunca vou esconder Por isso venho dizer Através dessa cantiga Só me separo da amiga O dia em que eu morrer Abram cancha pra Cordeona Que tem sina fandangueira Abre a gaita, embala a vida Quando toca uma vanera Alegria das bailantas Que o Rio Grande aprecia Numa linda melodia Que se espalha no salão É com tamanha emoção Ao tocá-la com meus dedos Revela tantos segredos Que tenho no coração Gaita que ganha espaço Para ficar na história Não sairá da memória Da pampa meridional Instrumento principal Do Rio Grande cancioneiro Nunca faltará um gaiteiro E um canto xucro bagual Abram cancha pra Cordeona...