Oiga lhe fandango macho Aquele lá da campanha Num rancho de pau a pique Cheio de teia de aranha Eo gaiteiro lá num canto aloitando uma oito soco Quem bombeasse lá de fora Ia dizer que era loco Coisa linda de se ver A indiada bolear o fervido E a poeira fazendo nuvem na sala de chão batido E as prendas encordoaditas Bem firme no rebolado Se enforcando na peiteira Mesmo que burro atolado Arrasta o pé Vem cá mulher Te gruda e vem comigo Para o meio do salão Meu coração Vai pensando morena Se não vale a pena Tu morar no meu rincão Um loco para na porta Olhando de cara feia Esperando termina o baile Pra começar a peleia Uma véia recalcada Fica de olho nas gurias Inté parece uma coruja Em cima de uma forquilha Lá pelas tantas o gaiteiro Larga um verso de improviso -Eu não toco porque gosto Eu toco porque perciso É triste ver um gaiteiro Que trabalha em ctg As muié ele não leva Eo dinheiro nunca vê