Chão rachado, terra quente Entre espinhos e correntes Fortes pra girar nossa moenda Um cajado, um a machado e destilado Cegos desvairados, esperando a recompensa Tombos e passos mal dados Nessa jornada de retorno ao pó Indo e vindo sem um fardo Não justifica a gota de suor Era um sentimento estranho Uma visão um sonho, imagem incolor Era o som de motosserra, o fim da primavera O ronco do trator Sono sem travesseiro Cama de papelão Na rua o desespero chega estendendo a mão Do outro lado do espelho Gente num vai e vem E a moeda motriz, movimentando o trem