Levanto cedo e sevo meu chimarrão Já na porta do galpão calço minhas botas de lida Me vou ao campo neste oficio de peão No capricho deste rincão que Deus nos deu por guarida Nesta jornada terrena eu sigo na a labuta Que não se afrouxa ou apura sofrenando o próprio caminho Tiro o sustento do suor do meu trabalho Deita o sol esporeio o baio pra o rumo pra o rumo do meu ranchinho No fim do dia o pingo anuncia minha chegada Relinchando na porteira pra alegria da minha amada Que me espera lá na varanda feliz da vida Com um mate gordo cevado pra o sossego depois da lida Nas intemperes de chuva frio e calor Se falqueja o labor no raiar de cada dia Nesta aporfia de campo gado e galpão Segrega neste rincão o apego por essa lida A vida e braba e a rudeza que se imposta Isso e só pra quem gosta e a lida mostra o caminho Tiro o sustento do suor do meu trabalho Deita o sol esporeio o baio pra o rumo pra o rumo do meu ranchinho