Paraíso ancestral que surgiu Atraindo os anciãos Em uma simbiose amazônica A mais plena arte em cerâmica Bradou de além-mar A perfídia da nau europeia Que trouxe outra nau vinda de África Um misto de lamento e epopeia Marayó! Um caldeirão de cultura e magia Índios e negros, contra o algoz Unem-se em ritos em uma só voz Vem girar! Vem girar o lundu (siriá) Para festa começar Cabocla descendente dos cabanos Tens muito do que se orgulhar Búfalos trotando pela terra Ponto de encontro entre o oceano e o rio De tantas lendas e tesouros Decifrá-los é o maior dos desafios Do beiradão até as áreas alagadas Tantas mulheres desejadas e amadas Cortejadas pelo boto Ou pelo vaqueiro em suas vaqueiradas Mibaraió, marajoara, Marajó! As águas se enamoram sob o som do carimbó De encontro ao mar eu vou matar minha sede A fênix renasce no império verde