Na pedreira de Xangô, meu pai Kaô, o meu Ylê A justiça vai reinar, é o Obá do meu Ori, kabesilê Onde há mentira surge a Ira de um trovão É a força que ataca pra firmar aceitação Velas acesas, folhas ao chão Ogãs e cambonas ao som da sineta Mãe de santo fez invocação Lá vem ele de cartola e capa preta As almas emergiram do Cruzeiro Acenderam o candeeiro onde reina a caridade Exu vem desfilar no meu terreiro Mensageiro dos caminhos da verdade Deixa baixar pra curar a minha dor A curimba é feitiço do cachimbo do vovô Das falanges, dos caboclos Pena Branca, Arranca toco Senhora Jurema êêê Juremá A curandeira é filha de Tupinambá De todos os amores A cruz de malta eu me entreguei Em cada luta que venci Pelas mãos eu renasci, por ela me apaixonei Orgulho ancestral, religião Missão de exaltar a negra tez És imortal, tua fama assim se fez Rodeia rodeia, a bênção meu Pai Santana Rodeia, no congá Vasco da Gama Coisa de preto, a herança de além mar Alumia a Cruzmaltina na gira, deixa girar