Axé, Mãe Preta, dê felicidade Em seu palácio mostre a Liberdade Me dê amor, carinho e proteção Epahey é Mãe Zulmira O amanhecer desta nação! Ô ô Um grito forte pelos ares ecoou Meu santo é forte Eu brincava com chicote Despertava a passarada no repique do tambor E atravessei o mar Com lágrimas nos olhos a rolar Rezei o ritual, oguniê Pra receber as bênçãos de Oxalá Fiz grandes artes, minhas raízes Para o mundo vou mostrar as cicatrizes Gosto de amar Não esqueço as oferendas Já sofri no cativeiro Fiz mistérios, criei lendas E no canavial Sangue e suor eu derramei (derramei) Saravá, Santo Divino E no mercado do destino me encontrei Olorum mandou Ogum Fazer chuvas de flores pra Iemanjá E falou pra Iansã Baixar na Avenida pra reinar (Vem meu povo vem dançar) E coroar O canto pobre que desponta como rei Vem que o céu te ilumina Volta pra Mina e escreve a tua lei Não esconde essa riqueza Que a beleza está na palma da tua mão O meu boi é chama acesa Vem ver Joana e o teu gongá do Maranhão Axé, Mãe Preta, dê felicidade Em seu palácio mostre a Liberdade Me dê amor, carinho e proteção Epahey é Mãe Zulmira O amanhecer desta nação!