"Diamantina, berço da mineração" Nessa passarela lá vem ela Pra embalar a multidão Pérola Negra nessa festa Vem mostrar Diamantina, berço da mineração O luar chorou Chorou da dor e do lamento Chorou ao ver o sofrimento Quando o negro escravizado no Brasil chegou Trazido da mãe África distante Eram Bantos, Sudaneses, Achantis, Iorubas, Nagôs A arte negra veio em sua bagagem A coragem do guerreiro, o lutador A esperança, o sonho de liberdade Ao garimpar o ouro nas minas do senhor Ô ô ô ai senhê Ai senhê do imbandá Fura buraquim senhê Crendices, o totemismo ao Boi Geroa No terreiro a dança do canjerê Ousada Chica da Silva esbanjava As suas jóias encantavam Tesouro de muito valor Tanta riqueza que ao mundo encantou E a Vila Madalena Transforma esse chão em pedras raras Com força, fé e muita garra Hoje brilha na beleza desse carnaval