De grão em grão Com sabor de poesia Puro encanto e magia A história que "o Infantes" vem cantar Em um "cajado floresceu" Lá na Arábia cresceu Cheio de bom paladar O tempo, o vento soprou E a herança semeou Fez escola, e a cultura germinou Oi, olha o café no bule, ô...iáiá Tá na mesa, eu te convido prá provar É quente como show da bateria O cheiro do café está no ar E assim, em terras brasileiras, Onde tudo que se planta, dá O negro, o índio e o imigrante Fizeram essa riqueza se alastrar, Bancando as mordomias da nobreza Ao "Ouro Verde", o leite foi se misturar Feitiço, carioca, sorvete, gelado Amargo pró "bebum", afasta o mau olhado Esse é o negro, é internacional Essa delícia nasce lá no cafezal Se a lua vem clarear, E brilha no meu olhar... Clareia... Roda o moinho sinhô, mão de pilão, ô sinhá Essa energia aquece o meu coração Eta! Cafézinho bom!!! Num grande arco-íris residia Conta a lenda que este Ser celestial Da terra, sete estátuas criou E a uma delas deu-lhe a vida e batizou Kaiara o guerreiro, à Aratan foi confiado Rebelde, foge em busca de aventura em outros mundos No fundo do mar, conhece Lumiar E a beleza da Sereia o toca fundo O índio declara o seu amor Ô Ô Ô Ô A Sereia Lumiar E quatro filhos esse amor vem coroar (E a ira) Mas a ira tomou conta de Oruam Que separa em quatro ventos Aratan As águas do mar ele prende num globo Blocos de terra a dividir Assim os Continentes vão surgir Porém, a vingança maior Caiu sobre o casal apaixonado Destino de viverem separados E nunca mais se encontrar Guaracy bola de fogo, é o sol Jacy bola de prata, a lua Os filhos formam as quatro estações Assim foi feito, Oruam foi quem criou Na virada do milênio o Infantes vem mostrar Que o poder da natureza não se pode dominar É viver feliz a vida, prevenir e preservar Só temos que aprender o que o Índio tem a ensinar