Reluz da literatura à passarela O poema da índia mais bela A virgem dos lábios de mel Herdeira tabajara Araquém á tupã consagrou Joia nativa de rara beleza Espelho da exuberante natureza Com brilho no olhar, desperta o amor Flor do jardim primavera chegou Kiô, kiô, kiô, kiô É dia de festa. Vem batucar Pra celebrar o povo da floresta Ao homem branco o seu coração prometeu Viveu a mais linda história de amor Venceu o ódio de Irapuã Sob a sombra da jurema adormeceu Iracema, valente, guerreira A pele vermelha, de flecha e cocar Mulher expressão brasileira Fiel escudeira no jeito de amar No ventre o futuro da nação Cultura e miscigenação Voou nos braços da felicidade Dando asas ao destino Pereceu de saudade Canta Canta jandaia lá na palmeira Pra Iracema, lenda do Ceará Eu sou raiz, sou a luz do criador Samba nas veias No rufar do meu tambor