Quem sou eu? Um monstro entregue à sorte De um criador desafiando a morte Um anjo caído, sem alma e coração? Uma criança sem destino e direção? Que eu seja o porta voz dessa desigualdade Quero lutar por nós, sem medo da verdade Abandonado, nunca deixo de sonhar Hoje meu clamor vai ecoar Ensinar o amor a quem não sabe amar Dividir, quem não pode dividir? Aprender e saber perdoar, refletir Não feche os olhos pra covardia Alimentando a ambição Sigo carregando essa cruz Na fé, a luz da nossa salvação Chega de intolerância Há esperança em cada olhar Ó meu Brasil, onde o samba fez morada Ouça a nossa batucada Também somos filhos de Deus Sou resistência, força nilopolitana O canto forte que mantém acesa a chama A voz do samba ninguém vai calar Nem o toque do meu tambor Sou comunidade, tem que respeitar Meu amor pela Beija Flor