Meu canto é guerreiro, sou Mocidade Vermelho no sangue e na cor Vou pelas águas que Tupã abençoou Amazonas, meu amor! (Amazonas, Amazonas, meu amor!) Eu sou o verdadeiro dono dessa terra Mareja em meu olhar Todo o encanto dessas águas Ayakamaé, um rio de amor Deságua em ti, as lágrimas de prata do luar Em noite proibida de amar O brilho que aquece a manhã Um santuário de vida floresceu Na proteção de bravos Manaós Yara seduz ao cantar Na correnteza a caminho do mar Ariê auê, na mata ecoou O toque do tambor Na reza do pajé um ritual Do rio sagrado a cura pra vencer o mal Ê, caboclo da pele morena Que faz da palha trançada um poema Pra descrever, todo o suor da sua lida A fé conduz, nesse banzeiro a sua vida O sol beijando as águas ao entardecer Encontra a lua pra fazer valer A jura eterna de uma paixão Transborda dentro do meu peito As águas da inspiração Que faz “Morada” em cada coração