Eu deixei muita muita coisa lá fora, não quis entrar com toda mala que eu tinha Eu quis renovar os armários, fazer tudo de novo Só pra ver se dessa vez eu me entregava de verdade ao seu querer Nem sempre tudo flui como tem, nem sempre a gente esquece o alguém Que fica lá no canto, naquele canto que nem vassoura varre Impregna o sentimento de um jeito que a gente não tem escolha Eu deixei tanta coisa lá fora, não quis entrar com toda tralha que eu tinha Procurei alguma forma de escapar, sem pensar Que eu podia me dedicar (mas nunca pude) Minha vida é sempre assim: Antes do começo, quase sempre, já teve um fim E a mala lá fora é só o começo de estar só desde o início Eu deixei toda coisa lá fora, só entrei porque a porta se abriu É difícil assumir mas eu devo sumir Só assim eu, só assim você, só assim o que há de bom irá viver Só asism eu, só assim você, só assim o que há de bom irá viver Rei-ah-rêiah, dandah-rêiah, rei-rah-dandá, rei-andá-rêiah