Gosotsa

Ronco Canibal

Gosotsa


Quanto é lindo
Ir filé
Se empilhando

Até casar fundindo sangue
Aos paladares
Condenados por se crer
Sempre
Só?

Atirar do prato
Para o lixo bruto
O azedume de enterrar-se
Em si só

Vem salivar!

Quanto é lindo
Se despir na
Maciça ventania

Trabalhar cozendo
Forro de abraço
Na nevasca do tesão
Isolado

(A fumaça cai
Lacrimogênea
No olhar distante
Do exílio)

Vem se encrustar babado
Em lindo enlace

Bombardeio e chicotada
No nosso caminhar

Calidosamente feroz no nosso
Ronco canibal