Perdido nos caminhos do planeta Terra Pontinho obscuro ante a imensidão Um ser humano sofre por não conseguir Atravessar a ponte da recordação Barreira caprichosa que devagarinho Envolve para sempre todos os mortais E eu sendo um deles não fugi da regra Das malhas da saudade já não saio mais São seis horas O Sol se esconde e o mundo se acalma Revejo o passado com os olhos da alma De novo vibrando com o tudo que fiz Longos anos Que se retrocedem através dos meses E se recordar é sofrer duas vezes Deixe que eu sofra para ser feliz O mundo colorido dos meus quinze anos Abrindo seus caminhos a quem crê em Deus A ideia repentina de já ser adulto A lágrima sentida do primeiro adeus A grande amargura se manifestando No último abraço do primeiro amor E o carrossel da vida do menino grande Se perde para sempre no além sem cor A minha infância Brilha luminosa no céu da saudade Restos pequeninos de felicidade Flutuando sempre na imaginação Verdes campos Lindas borboletas e milhões de flores Juventude alegre, sonhos multicores Sobre a tela branca do meu coração