"leve levemente como quem chama por mim..." Fundido na bruma no nevoeiro sem fim Uma ideia brilhante cintila no escuro Um odor a tensão do medo puro Salto o muro cuidado com o cão! Vejo onde ponho o pé iço-me a mão Encosto ao vidro um anel de brilhantes É de facaria a fingir diamantes Salto à janela com muita atenção Ponho-me à escuta bate-me o coração Sabem que me escondo na Bellevue? Ninguém comparece ao meu Rendez-Vous Porta atrás porta pelo corredor O foco de luz no último estertor No espelho um esgar, um sorriso cruel Atrás da última porta a cama de Dossel Salto para cima experimento o colchão Onde era sangue é só solidão Os meus amigos enterrados no jardim E agora mais ninguém confia em mim Era só para brincar ao cinema negro Os corpos no lago eram de gente no desemprego.