Observo os meninos de rua que vivem sozinhos São crianças que nunca tiveram carinho Se expondo aos perigos e as tentações São crianças que lutam em busca da sobrevivência São partes ou vítimas da violência Talvez por não terem outras opções São crianças que nunca tiveram infância, nem medos Que usam as armas como seus brinquedos Que disputam na briga um pedaço de pão E bem cedo já são integrados a marginalidade Se tornam nocivos a sociedade Perdidos em meio à prostituição Eu queria revestir meus braços com aros de aço Poder abrigá-los dentro de um abraço Levá-los de volta ao caminho do bem Ensinar-lhes amor e respeito por seu semelhante Mostrar-lhes o quanto a vida é importante Provar-lhes que podem contar com alguém Mas eu sinto meus braços tão frágeis contra a correnteza Minha voz soa fraca não emite firmeza Sou tão pequenino dentro da multidão E assim como tantos assisto a essa decadência Tentando ignora a minha consciência Que insiste pra que eu tome uma posição Ah!ah! Que insiste, que insiste, que insiste Por uma posição Ah! Ah!