João Fortuna quanta ironia No destino do João Louco Que passa os dias brincando Pra ser guri mais um pouco João Fortuna ironiza O destino do João Louco Do remanso galponeiro Faz um costado à guitarra Pra uma flauta de taquara Que passa ao largo assombrar Pela milonga da flauta João assopra sentimento Distração do esquecimento Que João carrega na cara São rastros de melodia Que ele juntou dos galpões Pra povoar solidões Nas lerdas horas de ausência No silêncio do cansaços Recostado a pampa nua Vem encharcado de estrelas Dorme no quarto das luas