Senhores, peço licença Licença pede atenção Que junto com meu violão Num estilo missioneiro Um lamento bem campeiro De gaudério payador Pois se gaúcho senhor Em todo o pampa existe É o homem que canta triste Por isso eu nasci cantor. Ele é missioneiro Cria da Bossoroca Nascido lá pelos idos de 1941 Pra ser mais preciso Em 26 de dezembro. Sua contribuição artístico cultural terrunha Floresce nos fogões crioulos Como legenda da nossa raça Exemplo vivo não só de autenticidade, Mas como também de orgulho, respeito E amor pela nossa terra gaúcha. Seu nome de batismo, Noel Fabrício Borges do Canto da Silva Por uma descendência bugra, Que muito o orgulha, Tornou-se conhecido e respeitado Como Noel Guarany. Guitarrero, compositor e poeta sem fronteiras Seu primeiro disco, Legendas Missioneiras, em 71 Depois gravou Destino Missioneiro E Sem Fronteira. Em 76 junto com a legenda viva O missioneiro poeta e payador, Jayme Caetano Braun, Concretizam um sonho antigo E registram no disco Payador, Pampa e Guitarra. Em 78, Noel Guarany canta Aureliano de Figueiredo Pinto, Com este título, outro sonho se realizava. A viúva do poeta maior, também missioneio E médico em Palmeira das Missões, Cedeu os poemas pra que a arte nativa do Noel Assim prestasse uma homenagem póstuma Ao luzeiro terrunho, que orgulha o Rio Grande. E por isto depois vieram outros trabalhos, De pulperias, Alma, Garra e Melodia, Pra Quem Olha Sem Ver, O Melhor de Noel Guarany E a Volta do Missioneiro. E juntamente com Jayme Caetano Braun Cenair Maicá e Pedro Ortaça, Gravam Troncos Missioneiros. Este é Noel Guarany E só outro crioulo da cepa pura Desses que falam sem tartamudear O dialeto afetivo terrunho dos nossos pagos, Poderia homenagear com esta feliz lembrança. Neste registro, Luiz Marenco Presta uma homenagem terrunha A obra do amigo Noel Guarany. Parabéns Marenco, por esta feliz lembrança.