Abre os olhos com a vista ofuscada sem saber bem o que vê. O relógio diz as horas, mas não diz o que agora vai acontecer. Todo homem que caminha acha aquilo que procura, Mas pode se perder. Velho que tudo vê diz que o tempo é curto E que está contra você êêêê A brasa não se lembra mas como se chama, Chamam pelos nomes esquecidos na grama... grama. A paixão não se lembra mais como se ama E o travesseiro não quer mais ficar na cama, cama Sombras da cidade abrigam a verdade Camuflada em meio a solidão. Milhões de olhares frios calam o desespero Presos em vozes sem expressão e contradição Água não sacia mais toda a sede E os equilibristas andam caindo na rede... rede. Como peixe que tentou respirar sem sua escama E acabou atolado e preso com o corpo na lama, lama Futuro flutuando num mundo que invento. As cores e os valores das artes e seus talentos... talentos A cidade vê a folha das arvores ao vento. E o novo circo da cidade cheio de palhaços dentro