Nada existe que o perdão não cure Ou que o coração não se desmanche Ao ouvir uma canção que dure Até o amor chegar Sem ter o que provar Sem gosto de revanche Que o sofrimento não imprima Marca que o tempo não apague Quando, enfim, o peito desanima Até sumir o olhar Perdido em frente ao mar Na onda que o afague Eu pensei em mil noites perdidas Eu jurei não repeti-las mais Deixei escrito que não ia atrás De dor antiga, ou de velhas feridas Hoje eu quero descansar na praia Revolver em todos os litorais Uma vaga brisa, um sinal de cais E esperar que o peito não me traia Jamais