Falam em ti as estrelas É tão escuro aqui dentro É o que sinto na alma Meu estranho momento Alegria e surpresa Logo, a raiva e a dor É da minha natureza Mudar tanto de cor Equilíbrio sereno Caminhar sobre um fio É o que sinto de pleno Me afogar nesse rio Logo o tempo me ensina Não ser dono de nada A dobrar cada esquina Cada vã madrugada Parece estar chovendo Parece estar chovendo E de repente me surge uma luz Que me invade e me faz espera Que me transpassa o sonho Que afoga meu peito, meu desespero Silêncio e nada mais Silêncio e nada mais Hoje tudo é silêncio Hoje, o dia é de calma Chuva fina parece Temporal em minha alma Nos meus olhos eu guardo Toda luz das estrelas O sutil privilégio E a ventura de tê-las Parece estar chovendo Parece estar chovendo E de repente me surge uma luz Que me invade e me faz espera Que me transpassa o sonho Que afoga meu peito, meu desespero Silêncio e nada mais Silêncio e nada mais