Não sei as palavras necessárias Que levarão a sua boca suave Um sinal de busca catado Nos estranhos sonhos sedentos Da lareira do meu sexo Jogue as lenhas na lareira E deixe esquentar nossos invernos Procuro as chuvas Deu um venho sonho No leito obscuro de faces molhadas Que sugam as lágrimas escorrdas Desse túmulo De sentimentos variados Jogue as lenhas na lareira E deixe esquentar nossos invernos Calado deixo fluir Um desejo traçado em sonhos No vazio da boca noturna Que sopra o útero da noite Deixando em meu peito ferido A esperança de um novo sentido Que abala as multidões Das minhas veias