Agosto chegou cedo em mim Pendurando um maio De folhas caidas e secos galhos Um mês de cachorro louco Aquerenciando silencios Ladrando pra lua um agosto por alma Puchando o banco, tomando mate Arrastando prosa E uns arrepio nos cantos umidos da fala Agosto por dentro E na boca um gosto De sol se pondo Tarde vermelha Na carne de figo maduro Um tempo bruto empoçando lastimas Chorando lenha, apagando o fogo Fumaceando a vida que arde nos olhos E encarde o violão num canto esquecido Se maio arrasta la fora Um sol pra estes dias Cà dentro um desgosto Pela mão de chumbo tarde Desfaz sem alarde O riso em meu rosto Agosto por dentro... “Faz escuro, mas eu canto”